Professores são profissionais que descansam carregando pedra. Aproveito este final de recesso relâmpago para preparar as minhas aulas da próxima semana.
Incomoda-me muito a nossa ignorância acerca da América Latina, rejeitamos nossos hermanos na vã tentativa de nos irmanar aos norte-americanos, o resultado é uma caricatura grotesca. Por mais que os brasileiros se identifiquem com os norte-americanos eles nos vêem como cucarachos, cem por cento latinos americanos, como pode ser comprovado pelos recentes comentários do Rambo/Sylvester Stallone sobre o Brasil.
Procuro instigar os meus alunos a olhar para a América Latina, a rasgarem o véu de indiferença intencional que oculta os nossos vizinhos, que pelo passado histórico que temos em comum são nossos irmãos de copo e de cruz. Quero que minhas turmas saibam que a expansão marítima e comercial européia, não descobriu nada, pois não haviam terras perdidas e vazias, todas eram habitadas. África e América eram habitadas por povos dotados de cultura, religião e tecnologia nem inferior ou superior à européia, apenas diferentes, compatíveis com a realidade dessas áreas. Para nós professores de história, extirpar o eurocêntrismo do inconsciente coletivo é uma tarefa nada fácil, o terreno das mentalidades é osso duro de roer, mas aos poucos vamos avançando.
Elaborei para o terceiro bimestre um trabalho a ser desenvolvido pelas minhas turmas do primeiro ano, no qual cada turma deverá fazer um filme utilizando o Windows Movie Maker, sobre os povos que os europeus encontraram na África e na América. Será uma espécie de documentário a ser divulgado no blog da escola, contemplando os seguintes aspectos: Sociedade, Economia, Religião, Tecnologia, Artes e fazendo a ponte passado/ presente a situação desses povos na atualidade.
Após a concluir a redação do projeto, parti em busca de fontes para indicar aos alunos e encontrei um artigo que gostaria muito de compartilhar, alguns trechos com meus leitores, pois as informações que temos pela mídia sobre os nossos vizinhos não são confiáveis. Fico surpresa ao ver que a maioria das pessoas estão completamente desinformadas sobre os assuntos latino americanos, um bom exemplo e a opinião boa parte da população tem de Hugo Chávez e Evo Morales, a qual é meramente um eco da mídia, poucos são os que sabem a razão da satanização pela mídia nacional desses dois presidentes. Acho oportuno conhecermos um pouco mais dessas duas personagens, principalmente agora que ambos estão sendo utilizados na campanha política como ingredientes do coquetel terrorista do candidato Serra.
Segue abaixo alguns trechos do artigo Yo amo a Chávez escrito por Carlos Rodríguez para a revista eletrônica Amauta.
“Ao final dos anos 90, muitos acreditavam que a queda do modelo neoliberal de globalização entraria em colapso sob seu próprio peso e sua incapacidade de cumprir as promessas de desenvolvimento que trariam um novo modelo de comércio e das políticas de desenvolvimento mais eqüitativo dirigidas pelos próprios cidadãos, em vez da caridade corporativa e paternalista do estado; aparece no cenário internacional o sempre beligerante Hugo Chávez, um ex-militar golpista que promete aos venezuelanos trazer justiça e igualdade de oportunidades usando o sentimento revanchista de muitas pessoas e da massa de pobres que foram enganadas pelas elites endinheiradas de Caracas para criar, gradualmente, um grande Estado que quer controlar tudo, estabelecer-se não como o” defensor do povo “mas como a nova elite dominante na Venezuela, ou pelo menos é isso que aparenta buscar o sempre ruidoso Chávez ”.
Mas será Chávez o diabo com uma boina vermelha que mostram meios de comunicação que seguem a linha ideológica do conglomerado empresarial criado Washington ou simplesmente é estereotipo criado para desacreditar todo o movimento social que se levanta na América Latina?
Embora Chávez tenha conseguido se manter no poder, não só através da sua confrontação verbal contra as elites da Venezuela e os Estados Unidos, mas também através de programas de assistência social, de seus supermercados subsidiados e da possibilidade de que ele deu aos bairros pobres para se organizarem e terem uma voz, não há dúvidas de que sua política econômica mergulhou a Venezuela em uma enorme crise colocando-a entre os países com a maior taxa de inflação do mundo, perdendo apenas para Seychelles, Etiópia e Zimbábue.
Se observarmos com calma, a todos os críticos mais ruidosos de Chávez, ouvimos apenas meias verdades e mentiras descaradas, mas o objetivo da sua critica não é a eliminação do militar venezuelano, a meta dos seus críticos mais irracionais é a eliminação de uma vez por todas de qualquer sistema social, apesar de utilizar a retórica para fazer crer aos pobres e as massas indígenas que compõem a base de nossas sociedade modernas, que os mesmos tem valor e que eles também merecem uma chance para o desenvolvimento, a meta dos Montaner* e Vargas Llosa não é evitar um regime totalitário na América, é simplesmente para evitar um regime totalitário que eles e seus maiorais não controlam.
A verdade é que há uma luta ideológica, dentro Venezuela ou da América Latina, não existe um herói e um vilão, Chávez não é o anti-Cristo, nem Superman, a grande maioria das suas reformas não apontam para um estado comunista e ele tem conseguido manter o modelo capitalista de comércio exterior que o país tem, claramente cometeu erros na economia e sua retórica não serve muito às relações públicas, mas apesar do que muitos pretendem fazer crer que poder de Chávez e o seu petróleo não se estendem além de suas fronteiras ele é o único que pode ser considerado como uma opção ideologia com seu “Socialismo do Século XXI” que é um antiimperialismo que todos, independente de nossa posição política devemos apoiar, e não apenas um antiimperialismo contra os Estados Unidos, mas também extensivo à China e ás novas tentativas da Rússia de voltar a ter um papel predominante no mundo; porque enquanto estamos distraídos com o último discurso “pitoresco” de Chávez, nossos líderes estão separadamente fazendo acordos com China e apoiando tacitamente a ocupação do Tibet e a forma imoral, pela qual os “comunistas” chineses adotaram para explorar o povo.
A eterna luta entre o bem e o mal
A mídia corporativa, os defensores eternos da iniciativa privada e das classes mais ricas, vêem com pânico a criação de meios alternativos patrocinados pelo estado e pelos movimentos sociais para defender as causas promovidas fora do âmbito do capitalismo “neoliberal” conceberam as ditas empresas de “informação”, que tem levado ambos os lados, seja a mídia tradicional ou a “nova mídia” a se refugiarem no extremismo e nas denuncias de favorecimento a interesses alheios à verdade, ao mesmo tempo, criou um clima de e de partidarismo, ou se é neoliberal pró-ianque é se é um socialista ou antiimperialista, essa metodologia tem deixado pouco espaço para a verdadeira interpretação das ações políticas daqueles que conviver os estados no mundo real.
O odiar ou amar Hugo Chávez é um paradigma que os verdadeiros homens e mulheres no controle querem que adotemos fazendo-nos novamente escolher entre os sistemas capitalista ou socialista sistemas de "desenvolvimento", pois depois da derrocada do bloco soviético, o medo do comunismo na América Latina deixou de dominar a maneira pela qual as instituições do Estado foram organizadas e os programas de desenvolvimento foram colocados em prática, programas estes que não beneficiaram em larga escalas, os antigos grandes proprietários latinos, que agora pretendem voltar no tempo a uma era em que preferíamos ser explorados por poucos, em vez de correr o risco de viver em uma sociedade abertamente repressiva e totalitária, como lamentavelmente todo sistema comunista tem se mostrado deformado com o passar do tempo.
Do que nós queremos convencer ambos os lados, é que eles e suas ideologias são os donos das ferramentas e métodos para o continente a sair do atraso profundo em que nos encontramos, mas em sua luta para nos fazer acreditar nisto eles esqueceram de fazer uma profunda revisão dos seus métodos antes de apresentá-los ao público mais uma vez, tanto os capitalistas neoliberais como os socialistas marxistas, tiveram as suas chances de nos tirar da pobreza e nenhum deles conseguiu, os países que consumiram na ideologia de um lado ou de outro terminaram como exemplos nefastos de desigualdade, injustiça e repressão, basta ver os casos de Cuba, Haiti, Chile, Peru com, Alan Garcia (em seu primeiro mandato), Honduras e muitos outros, podemos ver claramente como o seguimento de uma só linha ideológica trás mais danos do que soluções. Os eternos apologistas sejam da direita ou a esquerda sempre encontrar uma maneira de culpar o outro lado de sua inépcia na cumprimento das promessas que fizeram ao seu povo, tentando deixar intacto o núcleo ideológico para usá-lo em outro momento, no qual a história fez esquecer os detalhes de seu rotundo fracasso.
Se a América Latina quer avançar e deixar para trás os problemas da desigualdade econômica que existe dentro dos nossos países, precisamos desenvolver uma mentalidade independente que abandone a compreensão linear e ortodoxa que predomina atualmente, precisamos cavar nas entranhas do capitalismo, do comunismo, do fascismo, do imperialismo, do nacional socialismo, do sionismo, do anarquismo, enfim de toda as ideologias políticas que existiram ou existem para extrair delas o que melhor se adapte às nossas realidades, tendo em conta os princípios óbvios de uma busca mais humana desenvolvermos uma clara compreensão do que é justiça social, consciência social e o respeito pelos direitos humanos.
Fonte: Revista Armanauta.
Incomoda-me muito a nossa ignorância acerca da América Latina, rejeitamos nossos hermanos na vã tentativa de nos irmanar aos norte-americanos, o resultado é uma caricatura grotesca. Por mais que os brasileiros se identifiquem com os norte-americanos eles nos vêem como cucarachos, cem por cento latinos americanos, como pode ser comprovado pelos recentes comentários do Rambo/Sylvester Stallone sobre o Brasil.
Procuro instigar os meus alunos a olhar para a América Latina, a rasgarem o véu de indiferença intencional que oculta os nossos vizinhos, que pelo passado histórico que temos em comum são nossos irmãos de copo e de cruz. Quero que minhas turmas saibam que a expansão marítima e comercial européia, não descobriu nada, pois não haviam terras perdidas e vazias, todas eram habitadas. África e América eram habitadas por povos dotados de cultura, religião e tecnologia nem inferior ou superior à européia, apenas diferentes, compatíveis com a realidade dessas áreas. Para nós professores de história, extirpar o eurocêntrismo do inconsciente coletivo é uma tarefa nada fácil, o terreno das mentalidades é osso duro de roer, mas aos poucos vamos avançando.
Elaborei para o terceiro bimestre um trabalho a ser desenvolvido pelas minhas turmas do primeiro ano, no qual cada turma deverá fazer um filme utilizando o Windows Movie Maker, sobre os povos que os europeus encontraram na África e na América. Será uma espécie de documentário a ser divulgado no blog da escola, contemplando os seguintes aspectos: Sociedade, Economia, Religião, Tecnologia, Artes e fazendo a ponte passado/ presente a situação desses povos na atualidade.
Após a concluir a redação do projeto, parti em busca de fontes para indicar aos alunos e encontrei um artigo que gostaria muito de compartilhar, alguns trechos com meus leitores, pois as informações que temos pela mídia sobre os nossos vizinhos não são confiáveis. Fico surpresa ao ver que a maioria das pessoas estão completamente desinformadas sobre os assuntos latino americanos, um bom exemplo e a opinião boa parte da população tem de Hugo Chávez e Evo Morales, a qual é meramente um eco da mídia, poucos são os que sabem a razão da satanização pela mídia nacional desses dois presidentes. Acho oportuno conhecermos um pouco mais dessas duas personagens, principalmente agora que ambos estão sendo utilizados na campanha política como ingredientes do coquetel terrorista do candidato Serra.
Segue abaixo alguns trechos do artigo Yo amo a Chávez escrito por Carlos Rodríguez para a revista eletrônica Amauta.
“Ao final dos anos 90, muitos acreditavam que a queda do modelo neoliberal de globalização entraria em colapso sob seu próprio peso e sua incapacidade de cumprir as promessas de desenvolvimento que trariam um novo modelo de comércio e das políticas de desenvolvimento mais eqüitativo dirigidas pelos próprios cidadãos, em vez da caridade corporativa e paternalista do estado; aparece no cenário internacional o sempre beligerante Hugo Chávez, um ex-militar golpista que promete aos venezuelanos trazer justiça e igualdade de oportunidades usando o sentimento revanchista de muitas pessoas e da massa de pobres que foram enganadas pelas elites endinheiradas de Caracas para criar, gradualmente, um grande Estado que quer controlar tudo, estabelecer-se não como o” defensor do povo “mas como a nova elite dominante na Venezuela, ou pelo menos é isso que aparenta buscar o sempre ruidoso Chávez ”.
Mas será Chávez o diabo com uma boina vermelha que mostram meios de comunicação que seguem a linha ideológica do conglomerado empresarial criado Washington ou simplesmente é estereotipo criado para desacreditar todo o movimento social que se levanta na América Latina?
Embora Chávez tenha conseguido se manter no poder, não só através da sua confrontação verbal contra as elites da Venezuela e os Estados Unidos, mas também através de programas de assistência social, de seus supermercados subsidiados e da possibilidade de que ele deu aos bairros pobres para se organizarem e terem uma voz, não há dúvidas de que sua política econômica mergulhou a Venezuela em uma enorme crise colocando-a entre os países com a maior taxa de inflação do mundo, perdendo apenas para Seychelles, Etiópia e Zimbábue.
Se observarmos com calma, a todos os críticos mais ruidosos de Chávez, ouvimos apenas meias verdades e mentiras descaradas, mas o objetivo da sua critica não é a eliminação do militar venezuelano, a meta dos seus críticos mais irracionais é a eliminação de uma vez por todas de qualquer sistema social, apesar de utilizar a retórica para fazer crer aos pobres e as massas indígenas que compõem a base de nossas sociedade modernas, que os mesmos tem valor e que eles também merecem uma chance para o desenvolvimento, a meta dos Montaner* e Vargas Llosa não é evitar um regime totalitário na América, é simplesmente para evitar um regime totalitário que eles e seus maiorais não controlam.
A verdade é que há uma luta ideológica, dentro Venezuela ou da América Latina, não existe um herói e um vilão, Chávez não é o anti-Cristo, nem Superman, a grande maioria das suas reformas não apontam para um estado comunista e ele tem conseguido manter o modelo capitalista de comércio exterior que o país tem, claramente cometeu erros na economia e sua retórica não serve muito às relações públicas, mas apesar do que muitos pretendem fazer crer que poder de Chávez e o seu petróleo não se estendem além de suas fronteiras ele é o único que pode ser considerado como uma opção ideologia com seu “Socialismo do Século XXI” que é um antiimperialismo que todos, independente de nossa posição política devemos apoiar, e não apenas um antiimperialismo contra os Estados Unidos, mas também extensivo à China e ás novas tentativas da Rússia de voltar a ter um papel predominante no mundo; porque enquanto estamos distraídos com o último discurso “pitoresco” de Chávez, nossos líderes estão separadamente fazendo acordos com China e apoiando tacitamente a ocupação do Tibet e a forma imoral, pela qual os “comunistas” chineses adotaram para explorar o povo.
A eterna luta entre o bem e o mal
A mídia corporativa, os defensores eternos da iniciativa privada e das classes mais ricas, vêem com pânico a criação de meios alternativos patrocinados pelo estado e pelos movimentos sociais para defender as causas promovidas fora do âmbito do capitalismo “neoliberal” conceberam as ditas empresas de “informação”, que tem levado ambos os lados, seja a mídia tradicional ou a “nova mídia” a se refugiarem no extremismo e nas denuncias de favorecimento a interesses alheios à verdade, ao mesmo tempo, criou um clima de e de partidarismo, ou se é neoliberal pró-ianque é se é um socialista ou antiimperialista, essa metodologia tem deixado pouco espaço para a verdadeira interpretação das ações políticas daqueles que conviver os estados no mundo real.
O odiar ou amar Hugo Chávez é um paradigma que os verdadeiros homens e mulheres no controle querem que adotemos fazendo-nos novamente escolher entre os sistemas capitalista ou socialista sistemas de "desenvolvimento", pois depois da derrocada do bloco soviético, o medo do comunismo na América Latina deixou de dominar a maneira pela qual as instituições do Estado foram organizadas e os programas de desenvolvimento foram colocados em prática, programas estes que não beneficiaram em larga escalas, os antigos grandes proprietários latinos, que agora pretendem voltar no tempo a uma era em que preferíamos ser explorados por poucos, em vez de correr o risco de viver em uma sociedade abertamente repressiva e totalitária, como lamentavelmente todo sistema comunista tem se mostrado deformado com o passar do tempo.
Do que nós queremos convencer ambos os lados, é que eles e suas ideologias são os donos das ferramentas e métodos para o continente a sair do atraso profundo em que nos encontramos, mas em sua luta para nos fazer acreditar nisto eles esqueceram de fazer uma profunda revisão dos seus métodos antes de apresentá-los ao público mais uma vez, tanto os capitalistas neoliberais como os socialistas marxistas, tiveram as suas chances de nos tirar da pobreza e nenhum deles conseguiu, os países que consumiram na ideologia de um lado ou de outro terminaram como exemplos nefastos de desigualdade, injustiça e repressão, basta ver os casos de Cuba, Haiti, Chile, Peru com, Alan Garcia (em seu primeiro mandato), Honduras e muitos outros, podemos ver claramente como o seguimento de uma só linha ideológica trás mais danos do que soluções. Os eternos apologistas sejam da direita ou a esquerda sempre encontrar uma maneira de culpar o outro lado de sua inépcia na cumprimento das promessas que fizeram ao seu povo, tentando deixar intacto o núcleo ideológico para usá-lo em outro momento, no qual a história fez esquecer os detalhes de seu rotundo fracasso.
Se a América Latina quer avançar e deixar para trás os problemas da desigualdade econômica que existe dentro dos nossos países, precisamos desenvolver uma mentalidade independente que abandone a compreensão linear e ortodoxa que predomina atualmente, precisamos cavar nas entranhas do capitalismo, do comunismo, do fascismo, do imperialismo, do nacional socialismo, do sionismo, do anarquismo, enfim de toda as ideologias políticas que existiram ou existem para extrair delas o que melhor se adapte às nossas realidades, tendo em conta os princípios óbvios de uma busca mais humana desenvolvermos uma clara compreensão do que é justiça social, consciência social e o respeito pelos direitos humanos.
Fonte: Revista Armanauta.
Nota:
* Carlos Alberto Montaner (é um jornalista e escritor cubano o co-autor do livro Manual do Perfeito Idiota Latino-americano, um livro sobrepolítica escrito a três mãos por Plinio Apuleyo Mendonza (colombiano), Carlos Alberto Montaner (cubano) e Alberto Vargas Llosa (peruano). Originalmente redigido em castelhano e pertencente à tradição panfletária a obra versa, em tom crítico e bem-humorado, sobre a influência que a ideologia esquerdista - notoriamente a linha de pensamento marxista - exerce na América Latina, assim como as consequências que tal sistema de idéias gerou para o povo que habita a referida região. Conceitos consagrados para explicar o atraso do subcontinente, como o "Imperialismo", e também definições comumente tratadas como imprescindíveis para impulsionar o desenvolvimento da América meridional, dentre elas "Estatismo" e "Nacionalismo", são desconstruídos pelos autores, que julgam ser os próprios políticos nacionais, embebidos de concepções de um "marxismo elementar que lhes forneceu uma explicação fácil e plena do mundo", os verdadeiros responsáveis pelo retardamento econômico, social e cultural que o assola. São esses os idiotas, "idólatras contumazes do fracasso" e, como enfatizou o escritor Mario Vargas Llosa, crentes que " somos pobres porque eles são ricos e vice-versa, que a história é uma conspiração bem-sucedida dos maus contra os bons". Para sustentar suas argumentações e denunciar interpretações que, em seus entendimentos, são deturpações explícitas de fatos históricos, os autores analisam eventos como a Revolução Sandinista e a Revolução Cubana, sempre apoiados em dados empíricos.
* Carlos Alberto Montaner (é um jornalista e escritor cubano o co-autor do livro Manual do Perfeito Idiota Latino-americano, um livro sobrepolítica escrito a três mãos por Plinio Apuleyo Mendonza (colombiano), Carlos Alberto Montaner (cubano) e Alberto Vargas Llosa (peruano). Originalmente redigido em castelhano e pertencente à tradição panfletária a obra versa, em tom crítico e bem-humorado, sobre a influência que a ideologia esquerdista - notoriamente a linha de pensamento marxista - exerce na América Latina, assim como as consequências que tal sistema de idéias gerou para o povo que habita a referida região. Conceitos consagrados para explicar o atraso do subcontinente, como o "Imperialismo", e também definições comumente tratadas como imprescindíveis para impulsionar o desenvolvimento da América meridional, dentre elas "Estatismo" e "Nacionalismo", são desconstruídos pelos autores, que julgam ser os próprios políticos nacionais, embebidos de concepções de um "marxismo elementar que lhes forneceu uma explicação fácil e plena do mundo", os verdadeiros responsáveis pelo retardamento econômico, social e cultural que o assola. São esses os idiotas, "idólatras contumazes do fracasso" e, como enfatizou o escritor Mario Vargas Llosa, crentes que " somos pobres porque eles são ricos e vice-versa, que a história é uma conspiração bem-sucedida dos maus contra os bons". Para sustentar suas argumentações e denunciar interpretações que, em seus entendimentos, são deturpações explícitas de fatos históricos, os autores analisam eventos como a Revolução Sandinista e a Revolução Cubana, sempre apoiados em dados empíricos.
Interessantíssimo o seu blog...
ResponderExcluirCom certeza, quando estiver com mais calma, lerei todos os textos.
Sinto que a cada ano que passa (e são apenas 4 de magistério) perco um pouquinho de "gás" para continuar lutando por uma educação pública decente (já que falar em qualidade beira o utópico). Ver iniciativas como a sua abastassem um pouco o combustível para seguir em frente.
Parabéns e obrigado pela visita.