sexta-feira, 25 de junho de 2010

BLOG DO EULER : TESTEMUNHA OCULAR E VIRTUAL DA LUTA DOS DOCENTES MINEIROS

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Apesar da república que temos, nossa luta faz toda a diferença
Euler Conrado

A democracia que existe no Brasil e em Minas - que não é necessariamente a mesma - merece uma reflexão crítica por parte de todos nós. A nossa histórica greve dos 47 dias despiu a promiscuidade existente entre os tais três poderes constituídos que deveriam manter a autonomia relativa em relação aos demais poderes. Não é isso o que vimos em Minas Gerais. Um judiciário que legislou para atender aos interesses do governo do faraó; um legislativo que se pôs de joelhos perante os seus chefes, o faraó e o governador de plantão, que não pedem, mandam que os parlamentares de sua base façam isso ou aquilo. Uma vergonha, para Minas e para o Brasil.

Não bastasse essa promiscuidade entre os poderes, vemos também uma imprensa vendida, que sonega aos mineiros a liberdade de expressão e de opinião que dizem cinicamente defender - e que tão duramente foi conquistada pela população brasileira. Eles defendem os interesses lucrativos que tapam a boca de diretores, editores e alguns jornalistas mauricinhos, metidos a moderninhos, mas que não passam de serviçais dos poderosos.

Este meu desabafo vem a propósito de tudo o que vivemos - nós, os educadores - nos últimos três meses de muita luta pela valorização profissional das carreiras que, tanto quanto as demais do serviço público, deveriam ser tratadas com o devido respeito. Os salários dos educadores de Minas continuam sendo uma vergonha nacional, para não dizer internacional.

Essa situação é praticamente comum em todo o país, que infelizmente, apesar dos avanços sociais, continua servindo aos interesses de banqueiros, latifundiários do agronegócio e as minorias privilegiadas. Os servidores públicos de todo o Brasil, especialmente das áreas da Educação e da Saúde, que são aquelas que maiores e mais importantes serviços prestam à população de baixa renda, continuam recebendo salários miseráveis, numa afronta ao conceito do que seria uma república, como coisa pública.

Na republiqueta brasileira e mineira quem tem poder econômico não vai preso, recebe todos os privilégios do estado e trafica toda forma de influência e poder em favor dos seus interesses. A maioria da população, ao contrário, é vítima dessa farsa montada em nome de uma pseudodemocracia que há muito nos usurparam.

Isso vai mudar, guardo essa expectativa. Aliás, nem quero colocar dessa forma, como futuro. Vou colocar as coisas como presente: isso muda um pouco - às vezes avança, às vezes retrocede - toda vez que nós, os de baixo, arrancamos na luta as nossas conquistas, como estamos fazendo agora, em Minas Gerais (claro que em outros tempos outros também o fizeram).

Desse ponto de vista, a nossa greve, com tudo o que vivemos, deve ser recuperada na memória de cada um de nós como um precioso momento de aprendizado e construção coletiva de uma sociedade melhor, que uniu interesses comuns, contrariou poderosos interesses, desafiou os tais poderes constituídos - prostituídos por alguns -, desmascarou esta imprensa de aluguel e continua colhendo os resultados dessa histórica luta.

A nossa república terá que ser mudada. Mas, não será uma mudança como projeto pronto e acabado de sociedade, como muitas vezes propõem os ideólogos de qualquer matiz, mas um projeto em construção, em que verdadeiramente os assalariados, os trabalhadores de baixa renda, tornam-se sujeitos, que decidem os rumos do nosso presente e do nosso futuro.

O ponto de apoio dessa transformação cotidiana é a nossa luta, é a nossa união, é a nossa força, a conquista da nossa autonomia frente a estes poderes. Nos próximos dias, enquanto aguardamos o desfecho das votações na ALMG, campo minado para os assalariados de baixa renda, vamos discutindo e analisando essas questões à luz das batalhas que travamos e daquelas que precisamos encarar, para que uma história que não é a outra, nem será a mesma, mas a nossa história, se construa sob a inspiração de todo este processo de luta que vivemos nos últimos três meses.

Um processo no qual, embora muitos não percebam, saímos como a água corrente do filósofo grego, que não é mais a mesma quando por ela passam mais de uma vez, assim como nós também não somos mais os mesmos. Somos o povo da luta, guerreiros, o povo que não se rendeu, que lutou bravamente, e que através dessa luta, constrói um outro horizonte. De conquistas, de unidade, de autonomia e de esperanças.

P.S. O texto acima é só um treino para a análise que pretendo fazer do nosso movimento e por isso não inclui muitos dos principais pontos que pretendo abordar. Foi escrito às pressas, antes de me arrumar para o trabalho. Como dizia um colega, os/as gurreiros/as, quando retornam para casa após as batalhas, mereciam pelo menos uma semana de descanso. Mas, isso é coisa pra deputado, prefeito, governador, desembargador. Nós, professores, educadores, quando não estamos em sala de aula ou na escola, recebemos falta. Os outros, recebem hora-extra.

Reprodução de artigo publicado no Blog do Euler
http://blogdoeulerconrado.blogspot.com

quinta-feira, 24 de junho de 2010

E Deus criou o Professor

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Conta a lenda que, quando Deus liberou o conhecimento sobre como ensinar os homens, determinou que aquele "saber" ficaria restrito a um grupo muito selecionado de sábios. Mas, neste pequeno grupo, onde todos se achavam "semi-deuses", alguém traiu as determinações divinas...

Aí aconteceu o pior!!!!!!........

Deus, bravo com a traição, resolveu fazer valer alguns mandamentos:

1º - Não terás vida pessoal, familiar ou sentimental.
2º - Não verás teu filho crescer.
3º - Não terás feriado, fins de semana ou qualquer outro tipo de folga.
4º - Terás gastrite, se tiveres sorte. Se for como os demais terás úlcera.
5º - A pressa será teu único amigo e as suas refeições principais serão os lanches, as pizzas e o china in box.
6º - Teus cabelos ficarão brancos antes do tempo, isso se te sobrarem cabelos.
7º - Tua sanidade mental será posta em cheque antes que completes 5 anos de trabalho.
8º - Dormir será considerado período de folga, logo, não dormirás.
9º - Trabalho será teu assunto preferido, talvez o único.
10º - As pessoas serão divididas em 2 tipos: as que ensinam e as que não entendem. E verás graça nisso.
11º - A máquina de café será a tua melhor colega de trabalho, porém, a cafeína não te farás mais efeito.
12º - Happy Hours serão excelentes oportunidades de ter algum tipo de contato com outras pessoas loucas como você.
13º - Terás sonhos, com cronograma, planejamento, provas, fichas de alunos, provas substitutivas e não raro, resolverás problemas de trabalho neste período de sono.
14º - Exibirás olheiras como troféu de guerra.
15º - E, o pior........ inexplicavelmente gostarás de tudo isso...

sábado, 19 de junho de 2010

ESCOLA FAST FOOD

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A "mcdonaldização da escola" está acontecendo, sem pão com gergilim e molho especial! Saiba mais sobre o programa de reformas estruturais das instituições educacionais, lendo o texto Neoliberalismo e educação: manual do usuário, escrito por Pablo Gentili. Acesse o texto completo na seção Páginas - Educação e Neoliberalismo.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

"Mudar os professores ou quem fala sobre eles"

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Ao ler o artigo de Gustavo Ioschpe entitulado "Mudar os professores ou mudar de professores" na Veja de 02/06/2010, finalmente constato que vivemos a era dos "homo economicus". Esta era em que o fascinío pelos números do "custo/benefício" econômico supera (e não auxilia ou não se soma a) qualquer outra explicação complexa que utilize variáveis psicológicas, pedagógicas, sociais, históricas, enfim, "humanas". Não desmerecendo a análise econômica (que por si só é incrivelmente complexa) e também não desvinculando a Economia do rol das ciências "humanas" (apesar do desejo dos economistas e visto que - e não nos esqueçamos: a própria matemática é uma linguagem humana para desvendar a realidade, não se confundindo com a própria realidade).
Esforço-me no objetivo de compreender esse processo social não facilmente percebido pelos "peixes de aquário": nós, cidadãos comuns. Processo que se traduz em realidade quando, por exemplo, é escolhida uma economista paulista para cuidar da educação carioca ou quando a revista Veja escolhe um economista filho de banqueiro, graduado e pós-graduado no exterior para redigir sobre educação nacional. Nada contra paulistas! Muito menos, contra economistas milionários! Escrevo um texto livre de preconceitos! Acredito que a secretária pode realizar um bom secretariado. Mais ainda: acredito que alguém que nunca entrou numa sala de aula no Brasil (ou que escreva melhor em inglês que na língua nativa) tem o direito de escrever um artigo para a Veja; e a Veja, de publicá-lo. A busca pela compreensão desse processo levou-me a uma resposta "natural" de tão óbvia, a democracia. Salve a democracia! Um sentimento que me impele a escrever: a esperança que a voz dos professores seja ouvida e publicada também pela mesma Veja, com o mesmo peso e medida do artigo do já referido autor.

Avisto o espectro do "homo economicus". Sintetizando: torna-se triste encontrar artigos na Veja cuja explicação do real baseia-se tão e somente numa análise econômica simplista. Vejamos o argumento do autor: negar a existência da relação entre aprendizagem e a motivação do professorado gerada pelo pagamento de salários dignos. Para isso, baseia-se em somente um documento: uma pesquisa da Unesco publicada no livro O Perfil dos Professores Brasileiros, segundo a qual "apenas 12% se dizem insatisfeitos com a carreira (...), 48% estava mais satisfeita no momento da pesquisa do que no início de sua carreira e só 11% dos entrevistados gostariam de se dedicar a outra profissão no futuro próximo". Assim, conclui que os professores já se encontram satisfeitos e motivados, sem, contudo, alterar o nível estatístico de aprendizagem.
O problema de se lidar com dados, com números, está na coleta e na interpretação deles. Em nenhum momento foi apontado quem são esses professores: do privado, do público, de ambos? De quais Estados? De quais municípios? De quais bairros? Aleatórios? Outra coisa: qual é o conceito de "satisfação" utilizado pelo autor? Puramente econômica? Abrangeria a área pessoal? Quiçá, emotiva? É extremamente vago quanto a isso e conclui a seu bel prazer. Eu, por exemplo, poderia muito bem concluir, com os mesmos dados, que os 48% estão muito satisfeitos por representarem algo de positivo na vida individual do aluno e na vida do todo social e, por isso, não se vêem em outra profissão, como os 11%. E ainda, note bem, o autor usou o mesmo tratamento para duas variáveis distintas; "estar mais satisfeito" (a dos 48%) e "as dos que gostariam de ter outra profissão" (a dos 11%). É possível estar plenamente satisfeito a nível profissional com o ofício e estar infeliz a nível financeiro com o mesmo.
Ainda tenta fundamentar o seu argumento no fato de que "a partir da década de 90, ocorreu um aumento substancial de salário nas regiões mais pobres do país através do Fundef, porém, não houve melhoria na qualidade de educação. De fato, ela piorou: o Saeb, teste do MEC para aferir a qualidade do ensino básico, mostra que em 2007 estávamos pior que em 1995." Porém, um fato omitido ou esquecido pelo autor do artigo é que uma onda, ou melhor, uma verdadeira tsunami de pessoas que estavam abaixo do nível mínimo de dignidade social foi integrada aos projetos sociais dos governos Lula que utilizam o espaço físico e os serviços educacionais das escolas e dos professores públicos. Ou seja, não há meios de se comparar o alunado de 1995 com o de 2007. Foram incorporadas milhões de crianças e adolescentes de famílias das classes D e E com inúmeras, diferentes e incrivelmente mais profundas necessidades sociais que as existentes em 1995, ainda no primeiro ano do primeiro governo FHC. Professores e a escola pública tão e somente não são a panacéia universal para o desespero social. Usar esse argumento para basear a argumentação de que um professor bem remunerado não é um fator importante para melhorar a aprendizagem é uma grande covardia.
Outra grande covardia é o uso na matéria de uma foto de uma aluna dormindo sobre um livro numa sala de aula com a seguinte insinuante legenda: "Quem vai acordá-la?". Posso imaginar uma longa lista de motivos para ela estar dormindo. O professor pode com certeza estar entre esses motivos, mas não é o único, como pretende subjetivamente a matéria. Minha lista pode ir desde o mal-estar, passando pela falta de limites familiares com os horários de sono, o trabalho infantil, a destruição da relação familiar de respeito e atenção, traumas, falta de estrutura física da sala de aula que propicie um aprendizado mais leve e antenado com as novas tendências tecnológicas, etc...
Poderia tecer uma série de outros problemas no artigo. Citarei rapidamente apenas mais dois para, enfim, concluir. O autor, em certo momento, usa de forma errada o conceito de evolução de Charles Darwin, confundindo-o com um conceito mesclado de uma pretensa evolução social rumo a algum tipo de progresso social. Ocorre quando o autor relaciona a evolução biológica do homem (a capacidade de linguagem) com a criação da democracia (uma invenção social). É tolerável que um cidadão de educação média confunda e misture os conceitos de evolução e progresso (coisas tão diferentes quanto feijão e chocolate!), mas vindo de um economista com formação internacional... E o autor não usa essa "mistura"de forma metafórica; usa-a cientificamente. Bem... esse uso conceitual "misturado" não é mais seriamente utilizado no meio acadêmico desde os finais do XIX. É algo que beira o darwinismo social. Uma visão ultra-iluminista da realidade. E ainda, quando afirma que esse tipo de progresso (e aí não dá pra saber se é a capacidade de fala ou a de democracia ou de ambas) se deu através de processos evolutivos, e não revolucionários. O autor deve lembrar que o conceito de evolução de Darwin não necessariamente é positivo para o ser mutante e que as mutações são na verdade "revoluções" sim, visto que tais mutantes se diferenciam dos demais entes da mesma espécie. Uma "revolução" no DNA.

Autor: Prof. Hélcio Mello (História). Texto enviado via e-mail em 17.06.2010.
Contato - helcio_mello@yahoo.com.br

domingo, 13 de junho de 2010

S.O.S. HUMOR

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Havia certa vez um homem navegando com seu balão, por um lugar desconhecido. Ele estava completamente perdido, e qual grande foi sua surpresa quando encontrou uma pessoa... Ao reduzir um pouco a altitude do balão, em uma distância de 10m aproximadamente, ele gritou para a pessoa:
- Hei, você aí­, aonde eu estou?
E então a jovem respondeu: - Você está num balão a 10 m de altura!
Então o homem fez outra pergunta: - Você é professora, não é?
A moça respondeu: - Sim...puxa! Como o senhor adivinhou?
E o homem:
- É simples, Você me deu uma resposta tecnicamente correta, mas que não me serve para nada...
Então a professora pergunta: - O senhor é secretário da educação, não é?
E o homem: - Sou...Como você adivinhou???
E a Professora: - Simples: o senhor está completamente perdido, não sabe fazer nada e ainda quer colocar a culpa no professor.

Enviada pela amiga Bárbara.

SUGESTÃO PARA CONHECER E ENFRENTAR O BULLYING

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Presente nas escolas em todas as épocas, finalmente o bullying tornou-se vísivel para a mídia. Gerações o sofreram silenciosamente e foram prejudicadas. Os danos provocados peo bullying, afetam alunos e professores, interferem no rendimento escolar e também pode ser apontado como um dos responsáveis pela evasão escolar.
O S.O.S. Educação Pública, tem como princípio a não utilização deste espaço para divulgação de comerciais, abrimos uma exceção neste caso em função da seriedade do trabalho e por considerá-lo um serviço de utilidade pública. Transcrevo abaixo uma mensagem da CIA DE ATORES DO MAR, que apresenta uma excelente proposta, que muito pode contribuir na questão do combate ao bullying, recomendo a todos que divulguem essa proposta. A companhia também desenvolve peças de conteúdo didático.

"Prezados, Shalom! Bom dia!
O que temos visto é uma mídia falando, falando, mostrando, mostrando o problema, mas com soluções de suas visões. Vemos educadores ainda não acreditando nisso, vemos alunos sofrendo isso e seus pais achando que é frescura. O ideal é mostrar o problema e dar uma solução, por isso que a Cia Atores de Mar´ partiu deste princípio - mostra o problema e mostra a solução. Analisando pelo lado crítico da questão: pessoas gostam de gozar as outras, se divertem ao ver "amigos" fazerem isso, vendo os outros sofrerem. E se elas se olharem num palco, vendo atores na mesma faixa-etária praticando o bullying e sendo reconhecido que fez algo errado, cultivando a forma mais correta de agir? No final, um debate com os atores e eles reconhecendo que passam dos limites??? Pois é assim que acontece nas apresentações... jovens querem entretenimento e se esse entretenimento der a eles a possibilidade de abrir a sua mente vendo o erro, melhor ainda. Amar o seu próximo como a si mesmo, esta é a nossa busca e não é difícil de conseguir. Não espere a sua instituição estar um caos - faça a diferença. Leve para seus alunos o espetáculo "BULLYING". No blog, temos artigos e matérias fantásticas, quase que diariamente e de toda a parte do Brasil. ...Esperamos seu convite para estarmos na sua cidade, na sua instituição de ensino. Atenciosamente, Mar´Junior - diretor/presidente da Cia Atores de Mar."
SEDE da Escola de Teatro da Cia Atores de Mar´ Quality Shopping Av. Geremário Dantas nº 1.400 - CINEMA Tel.: (21) 2424-6254 - (21) 9813-5413 Nextel: (21) 7816-7987Cia Atores de Mar´ - produção ESPETÁCULOS DA CIA ATORES DE MAR´ "Bullying" público alvo: acima de 9 anos (tema: violência escolar) "

sexta-feira, 11 de junho de 2010

LUTO

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Recolhi a minha bandeira. Estou de luto pois, não há o que comemorar.
O meu patriotismo é do tipo permanente, crônico não aflora apenas de quatro em quatro anos.
Os patriotas temporários, vestem suas camisas verde-amarelas, decoram as ruas e as sacadas com a bandeira nacional, pintam o rosto, eufóricos cantam o hino nacional e se lembram que são brasileiros, enquanto isso em Minas, os docentes estão recebendo os seus contra-cheques zerados por terem pedido melhores salários e o MEC recomenda a aprovação automática. Não vejo ninguém torcendo pela educação, não vejo carreata e nenhuma manchete protestando contra a injustiça do governo mineiro ou indignado com o gol contra a educação marcado pelo ministro da educação.
Terminada a copa, os patriotas vão voltar a hibernar até 2014, negando que são brasileiros. Já perceberam que a expressão "o brasileiro..." é uma mania nacional na boca de grande parte da população? Exceto na copa, poucos se identificam como brasileiro, quando ouço alguém se referindo ao povo brasileiro usando a terceira pessoa, não me contenho e pergunto imediatamente, qual é a nacionalidade do cidadão que assim fala. É o típico deslumbrado, ainda atrelado à mentalidade arcaica se achando colonizador, são tipos que não perceberam que o Brasil já se tornou independente e não há mais uma caravela no porto para levá-los para a metrópole. Desde 1822, somos nós os responsáveis pelas mazelas da terra. Se é ruim, a culpa é nossa e não dá mais para jogar a culpa nos nativos, pois agora todos nós somos nativos.
O Brasil pentacampeão no futebol, é um fracasso quando a disputa envolve Educação. Ficou em 56º em matemática e 48º em leitura no Programa Internacional de Avaliação de Alunos - PISA, em 2006. O melhor resultado, obtido entre os 57 paises participantes, foi da Finlândia que ficou em primeiro lugar seguida pelo Canadá e a Nova Zelândia.
Quanto tempo ainda teremos que esperar para ver o Brasil, deixar de ser somente a "pátria das chuteiras" para ser também a pátria da educação se continuar do jeito que as coisas andam, em breve, seremos conhecidos como a pátria das ferraduras?
ACORDA BRASIL!!!!!

quarta-feira, 2 de junho de 2010

ASSÉDIO MORAL

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Em 23 de agosto de 2002, foi aprovada a Lei Estadual nº 3921,que veda o assédio moral no trabalho, no âmbito dos órgãos, repartições ou entidades da administração centralizada, autarquias, fundações, empresas públicas e sociedades de economia mista, do poder legislativo, executivo ou judiciário do Estado do Rio de Janeiro, inclusive concessionárias e permissionárias de serviços estaduais de utilidade ou interesse público, e dá outras providências.

Mas afinal, o que é assédio moral?
A discussão sobre o assédio moral ganhou visibilidade no Brasil após a divulgação da pesquisa da Dra Margarida Barreto que apresentou dissertação de mestrado na PUC/SP com o título “Uma jornada de humilhações”...

O assédio moral traduz--se por ações e situações no ambiente de trabalho que humilham, desrespeitam e constrangem o trabalhador.
O assédio moral, assim com os baixos salários, as precárias condições de trabalho, o autoritarismo e outras mazelas que vivenciamos nas escolas públicas, sejam elas de qualquer rede, somam-se para tornar nosso trabalho um fardo difícil de ser levado. Isso termina por nos causar sérios problemas de saúde. Inclusive temos a Síndrome de Burnout como doença própria da categoria.

COMO SE DÁ A HUMILHAÇÃO NO TRABALHO?
Ela se dá de forma:
VERTICAL -- relações autoritárias, desumanas e aéticas onde predominam os desmandos, a manipulação do medo, a competitividade, programas e projetos que estimulam a competitividade e a produtividade.

ASSÉDIO MORAL E SAÚDE DOS TRABALHADORESS EM EDUCAÇÃO

O assédio moral constitui risco invisível, porém concreto, nas relações de trabalho e à saúde dos trabalhadores. Estes manifestam os sentimentos e emoções nas situações de assédio de várias formas.

AS MULHERES mais humilhadas, expressam sua indignação com choro, tristeza, ressentimento, mágoa e estranhamento de ambiente que antes identificavam como seu.

OS HOMENS sentem-se revoltados, manifestando, muitas vezes desejo de vingança.

Todos acabam vivenciando a depressão, palpitações, distúrbios de sono e digestivos, alteração da libido, e até tentativas de suicídio.

Tudo isso é reflexo de um cotidiano de humilhações e sentimentos de impotência frente aos desmandos que caracterizam as relações de trabalho. Assim, revela-se o adoecer de pessoas ao viver uma vida que não desejam, não escolheram e não suportam.

Fonte: Cartilha Assédio Moral - SEPE, 2006 - disponível em http://www.seperj.org.br/site/

SÍNDROME DE BURNOUT

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Especialistas da medicina moderna denominaram de Síndrome de Burnout a que é produzida pelas condições de vida e trabalho. É um estado de exaustão resultante de trabalho extenuante, sem satisfação . Perda de motivação ; carência de sonhos; violência generalizada; administração insensível aos problemas; falta de autonomia; salários inadequados; falta de perspectivas. São especificidades da categoria que levam ao AUTO-ABANDONO, ALHEAMENTO, ROBOTIZAÇÃO E, EM CASOS EXTREMOS, AO SUICÍDIO.