quinta-feira, 23 de agosto de 2012

DEBATE COM PROFESSOR NICHOLAS DAVIES E PROFESSORA VERA NEPOMUCENO

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Em sua mais recente pesquisa o Professor Nicholas Davies aponta o encolhimento da rede pública no Rio de Janeiro. Este companheiro mais que um pesquisador é um militante que vem ao longo de sua trajetória colocando seus estudos a serviço do movimento. Foi graças ao seu estudo da rede municipal do RJ que o SEPE teve condições de denunciar Cesar Maia e Eduardo Paes pelo desvio de verbas das nossas escolas e creches.

É com enorme satisfação que venho convidá-los para o debate que
acontecerá no próxima sexta-feira, no dia 24 de agosto de 2012, 18h, na rua da Lapa, 180 - sobreloja, Centro.

Nós, profissionais de educação, que somos os verdadeiros defensoresde uma educação pública de qualidade precisamos, para dar um bom combate, estar constantemente refletindo a nossa realidade frente as nossas possibilidades.

Venham debater conosco e chame seus companheiros de resistência e de luta.

Abçs
 
Vera Nepomuceno.

P.S.: estaremos garantindo creche para que nossas colegas que têm filhos possam participar.


Convite enviado pelo Professor Omar Costa.

MERITOCRACIA

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segunda-feira, 20 de agosto de 2012

RETRATOS DA EDUCAÇÃO III

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Foto: Leitor Flavio Santos de Lima
Rio -  Era para ser uma homenagem a um dos maiores educadores do país, mas, como mostra o leitor Flavio Santos de Lima, o Ciep Anísio Teixeira, no Fonseca, em Niterói, precisa de atenção.

“A unidade está totalmente abandonada e sem uso. Quem olha pensa que estão sobrando vagas. Enquanto isso, jovens se envolvem com o crime”, denuncia.

Fonte:

sábado, 18 de agosto de 2012

Aumento do Ideb não está diretamente vinculado à aprendizagem, afirma especialista em educação

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Flávio Aquistapace - 16/08/12
“O aumento do Ideb não está diretamente vinculado à aprendizagem. As crianças são mais aprovadas não exatamente porque sabem ou se desenvolveram mais, mas porque o sistema começa a garantir um fluxo escolar melhor.” Essa é a avaliação da coordenadora da área de Educação Formal do Instituto Ayrton Senna, Inês Miskalo, a respeito dos resultados do Ideb 2011, divulgados nesta terça (14) pelo Ministério da Educação (MEC).
Segundo ela, para poder dizer que o país avançou na qualidade da educação, seria necessário  elevar os índices de aprendizagem medidos pela Prova Brasil e pelo Saeb, o que ainda não ocorre de forma satisfatória. Inês avalia que o aumento do Ideb deve-se às melhores taxas de aprovação dos estudantes.”O fluxo escolar pode estar melhorando, mas não necessariamente com bom desempenho”, pondera.
Leia entrevista completa:
Portal Aprendiz – Como a senhora avalia os resultados do Ideb 2011 divulgados pelo MEC?
Inês Miskalo – A evolução deve-se mais ao fluxo escolar, já que os resultados da Prova Brasil estão estabilizados. Não existe uma melhoria do aprendizado do aluno. Portanto, o aumento do Ideb não está diretamente vinculado à aprendizagem. As crianças são mais aprovadas não exatamente porque sabem ou se desenvolveram mais, mas porque o sistema começa a garantir um fluxo escolar melhor. Para poder dizer que o país avança você tem que aumentar o índice de aprendizagem medido pela Prova Brasil e Saeb. As mudanças não representam um salto de aprendizagem. É necessário olhar para os dados que mostram o quanto a criança está ou não lendo melhor, usar a aprendizagem, ou seja, o desenvolvimento no dia a dia.
Aprendiz – Ao que se deve o aumento da aprovação, se não há aprendizagem?
Inês – Alguns fatores: um ciclo que não reprova – e não que reprovar seja necessariamente a solução, não se trata disso –, ou que aprova a criança sem ela saber, ou ainda os casos de abandono da escola no meio do ano por parte daquele aluno que já sabe que será reprovado, por exemplo. É o problema da educação cumulativa. São aquelas dificuldades que a criança traz desde os anos iniciais, e que a leva a concluir a formação com deficiências. Ela vai ser aprovada, mas leva as lacunas da formação inicial, que são reveladas lá nos anos finais. Gera-se um não desenvolvimento cumulativo. Estamos num processo de desenvolvimento da educação básica sem garantir qualidade para esses alunos que transitam nesses anos. O fato do aluno ter chegado ao final do ensino médio não significa que tenha um conhecimento compatível com o que se espera de um aluno daquele ciclo.
Aprendiz – E em casos de aumento do Ideb?
Inês – Muitas vezes, quando o Ideb cresce, é porque os estudantes estão sendo menos reprovados, e não necessariamente aprendendo mais. Pode estar ocorrendo uma exclusão dos que estão piores e aprovação dos que estão melhores, por exemplo. Podemos chegar a uma estagnação do Ideb. O fluxo escolar pode estar melhorando, mas não com bom desempenho. Só que o fluxo é limitante, uma hora deixará de crescer. Já o desempenho, não tem limite. É esse que não conseguimos ainda atacar.
Aprendiz – Como os dados podem aprimorar a aprendizagem em sala de aula?
Inês - Precisa pegar a prova Brasil, verificar quais são os descritores, isto é, quais competências foram avaliadas, ler o resultado com o espírito do diagnóstico para poder saber onde se concentram as dificuldades e o que pode ser feito na sala de aula para superar, acompanhando o histórico de cada local em que a prova foi aplicada e sua evolução ao longo do tempo. Cada escola é uma escola, cada turma é uma turma. É preciso reconhecer as especificidades locais. O Ideb não pode ser visto como um fim, mas como um meio diagnóstico para mudar a realidade. Se for visto como rankeamento não serve pra nada. Passada essa fase de divulgação, é necessário que o país se debruce sobre os dados. É preciso ver onde houve crescimento sustentável, se ele é significativo para justificar que na próxima edição esperemos por um resultado diferente – ou não. Essa é a pergunta que tem de ser posta. O país deve observar se esse desempenho mostrado é consistente.

Ideb 2011
1ª a 4ª série
A média nacional nas séries iniciais ficou em 5, um aumento de 0,4 ponto em relação a última avaliação, realizada em 2009. Além disso, todos os estados atingiram  suas próprias metas.
5ª a 8ª série
Nas séries finais do ensino fundamental,  a média nacional ficou em 4,1, superando a meta de 3,9. No entanto, seis estados ficaram com notas inferiores às previstas: Alagoas, Roraima, Amapá, Pará, Sergipe e Rio Grande do Sul.
Ensino Médio
A média nacional da etapa do ensino que mais sofre com evasão ficou em 3,7. Nesses anos, os dados mostram que o Distrito Federal e mais nove estados tiveram uma piora dos resultados.
Ideb
O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), medido a cada dois anos, é calculado a partir do desempenho dos alunos no Saeb e na Prova Brasil e das taxas de aprovação obtidas pelo Censo Escolar. Criado em 2007, o índice obedece uma escala de 0 a 10, sendo 6 a média dos países desenvolvidos.

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

A DESTRUIÇÃO DA EDUCAÇÃO E DA PREVIDÊNCIA COMEÇOU NA DITADURA MILITAR, E CONTINUA ...

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Resposta ao comentário feito no post “A Conspiração contra a Educação” em 15.08.2012 às 22:55.


Caro(a) Anônimo(a):

Agradeço a visita e o comentário. Concordo com você que a classe trabalhadora, os funcionários públicos e os aposentados estão sendo massacrados pelo Estado e o descaso para com a educação é total, entretanto como historiadora e professora de história, sinto-me na obrigação de ampliar essa discussão, pois esses processos de degradação estão relacionados à Ditadura.

Parte dos problemas e as mazelas que estamos enfrentando têm a sua origem no período da ditadura e foram agravados pela gestão neoliberal, adotadas por todos os governantes pós-ditadura, não estou defendendo o PT, pelo contrário, entendo que o maior crime do Partido dos Trabalhadores, foi se esquecer das suas origens abandonar os seus projetos políticos e se coligar à corja de sanguessugas que historicamente detém as rédeas do poder.

O assistencialismo em troca de voto não é um fenômeno novo em nossa história, nos apavora desde a República Velha. A sua versão repaginada é o Bolsa Família, que foi criado e introduzido por Fernando Henrique Cardoso (PSDB), com o nome de Bolsa Escola e rebatizado de Bolsa Família no início do governo Lula. É importante lembrar que toda a corja, que hoje está apoiando o PT, também estava lá com FHC: o PFL (atual DEM), o PTB, o PPB (atual PP) e parte do PMDB.

A estratégia para manter o poder a qualquer preço “CUIDADOSAMENTE ARTICULADA [utilizando] os RECURSOS FINANCEIROS ORIUNDOS DO SUOR E SANGUE DOS TRABALHADORES E APOSENTADOS ENRIQUECEM BANDIDOS E POLÍTICOS.”, também não é nova: a dilapidação dos recursos do INSS com essa finalidade foi colocada em prática, durante a DITADURA. Abaixo transcrevo um trecho do artigo Previdência do trabalhador: uma trajetória inesperada, escrito pela socióloga Mariana Batich, analista da Fundação Seade:

“ Nos anos 70, foram instituídos novos tipos de benefícios previdenciários, como o salário-família2 e o salário-maternidade,3 e incluída no sistema categorias que antes não tinham nenhuma cobertura, como o jogador de futebol profissional, os trabalhadores autônomos e temporários, a empregada doméstica e o trabalhador rural. Quanto a este último, saliente-se que passou a ter direito de receber o benefício do seguro social mesmo sem ter contribuído para o sistema, quebrando-se assim o padrão vigente que garantia a cobertura previdenciária somente para quem fosse contribuinte. Desta forma, a previdência tornou-se um instrumento oficial de redistribuição de renda entre trabalhadores, uma vez que todos os contribuintes urbanos deviam pagar essa nova despesa.

Na década de 70, foi criado, ainda, um benefício de natureza assistencial, à custa dos recursos da previdência, pois, para recebê-lo, não havia a necessidade de ter contribuído para a manutenção do sistema,4 mas sim ter idade superior a 70 anos ou ser inválido, desde que fosse comprovado que o solicitante não tinha recursos para sua subsistência. Além disso, a previdência assumiu a responsabilidade pela prestação da assistência médica, primeiro para os trabalhadores contribuintes do INPS e depois para os trabalhadores não contribuintes em casos de urgência, utilizando largamente a rede privada.

A ampliação inusitada do sistema de proteção social por parte do Estado ditatorial ocorreu para aliviar tensões presentes na sociedade brasileira, algumas das quais eram provenientes do período anterior ao golpe militar e que este havia contido, como os conflitos no campo, enquanto outras decorriam da política econômica adotada, que privilegiava o crescimento econômico em detrimento do desenvolvimento social, exigindo alguma atenção paliativa por parte do governo militar que impedia qualquer tipo de reivindicação trabalhista ou popular.5 Entretanto, lembra-se que as medidas de expansão da proteção social, citadas anteriormente, também foram facilitadas pelo crescimento da economia nacional no período, favorecida pelo bom desempenho do comércio mundial e dos fluxos financeiros internacionais que se dirigiam ao país, por meio de empréstimos com juros atraentes, largamente utilizados em investimentos diretos.

Os recursos previdenciários, que na primeira metade do século XX já haviam sido largamente utilizados em investimentos que favoreciam o empresariado industrial brasileiro, durante a ditadura também serviram para alimentar o ideal de construção de um "Brasil grande". Assim, a previdência financiou a construção da Usina Hidroelétrica de Itaipu, Ponte Rio-Niterói, Transamazônica e usinas nucleares de Angra dos Reis. Estes empreendimentos, somados aos recursos da previdência que foram utilizados inclusive para a construção de Brasília, segundo cálculos da professora da UFMG, Eli Gurgel, equivaliam a 69,7% do PIB, em 1997 (UNAFISCO–SINDICAL, 2003). E, como ocorreu com os recursos utilizados no início do século para propiciar a industrialização do país, o dinheiro utilizado nunca voltou para os cofres da previdência.” (in Previdência do trabalhador: uma trajetória inesperada)

A situação de penúria dos aposentados está intimamente ligada à falência dos recursos da previdência, que como podemos ver no estudo de Marina Batich, historicamente tem sido desviado para manter no poder grupos de políticos inescrupulosos. A falência do INSS também é a responsável pelo baixo salário mínimo que vigora no país, pois o seu aumento é cuidadosamente negociado para não aumentar ainda mais o buraco do INSS.

Permita-me discordar da sua defesa da Ditadura:"POR MAIS INCRÍVEL QUE POSSA PARECER, A MELHOR FASE DA EDUCAÇÃO NO BRASIL FOI NO PERÍODO DA DITADURA MILITAR – QUE A VERDADE SEJA DITA. NAQUELA ÉPOCA, O CIDADÃO APRENDIA A RACIOCINAR, AINDA NOS PRIMEIROS ANOS DE VIDA ESCOLAR. A EDUCAÇÃO ERA PRIORIDADE, O PROFESSOR ERA TUDO: ELITE, FORMADOR DE OPINIÃO E REFERÊNCIA PARA A JUVENTUDE. COMO PODE?ERA UMA DITADURA!!!", pois tudo isso não passa de um mito.

Para não tornar o post cansativo, vou limitar o número de citações, veja a bibliografia utilizada que comprova que essa afirmações são um mito.

A aparente valorização da educação durante a Ditadura não estava relacionada à preocupação com a educação ou com os docentes, e sim com a preparação de mão de obra para atender a demanda empresarial gerada pelo “milagre econômico”.

A proletarização do professor, queda da qualidade e a privatização da educação pública também foram iniciadas pela gestão dos militares e, como a previdência aconteceu com a previdência, foi continuada pelos governantes da Nova República.

O rebaixamento do salário do magistério, também é obra da ditadura:

“No Rio de Janeiro, de onde se dispõe de séries mais longas, o salário eqüivalia (no Distrito Federal ou na rede estadual situada no município da capital) a 9,8 vezes o salário mínimo em 1950, despencando para 4 vezes em 1960 e atingindo 2,8 vezes em 1977 (...).” (Cunha, 1991, p. 75)

Porém, concordo totalmente quando você escreve que: "...OS ÚLTIMOS GOVERNOS ACABARAM COM A EDUCAÇÃO NO BRASIL, OS POLÍTICOS ORA NO PODER QUEREM UM POVO “ABESTADO”, COMO DIZ O TIRIRICA, PARA MELHOR APROVEITAREM-SE DA NOSSA RIQUEZA E DO DINHEIRO PÚBLICO. PARA ISSO, O PRIMEIRO CAMINHO É DIZER QUE VALORIZA A ESCOLA E DESVALORIZAR O PROFESSOR. É UMA ESTRATÉGIA DIABÓLICA. O ALUNO ESTÁ SENDO ENGANADO E SERÁ UM ADULTO ESCRAVIZADO PELAS “BOLSAS-MISÉRIAS-VOTOS.”

Você tem razão, uma população educada e esclarecida é o maior pesadelo das elites em todos os tempos, pois o conhecimento liberta e dá autonomia. Conhecimento é poder e os poderosos sabem muito bem disso e essa é uma batalha de titãs, e somos nós professores que estamos na linha de frente enfrentando, sozinhos, essa batalha armados com um toco de giz, recebendo um salário de fome e apredrejados pela mídia e pela população quando nos mobilizamos em uma greve para denunciar essa situação.Os alunos e suas famílias, atraídos pelas “Bolsas-Mísérias-Votos” estão seguindo rumo ao precipício, como os ratinhos enfeitizados pelo frautista de Hamelin.

Toda essa herança maldita da ditatura, não só foi continuada como se aprofundou a partir da Nova República, com a adoção das políticas neoliberais que norteiam a educação, a previdência e a saúde. Para conhecê-las em profundidade, sugiro que entre no marcador neoliberalismo e veja inúmeros artigos e publicados sobre o assunto.

Quanto “OUTRA ESTRATÉGIA DIABÓLICA PARA CONSUMAR A LESA À PÁTRIA É GASTAR MILHÕES DO ERÁRIO COM PROPAGANDAS MENTIROSAS E INSTITUTOS DE PESQUISA CHAPA-BRANCA”, citada por você, isso também foi feito na ditadura, é como! Lembra-se da música “Eu te amo meu Brasil”? E do Hino da Copa de 70? Recomendo-lhe que leia: Ditadura Militar e Propaganda Política: A revista Manchete durante o governo Médici de Ricardo Constante Martins, brilhante tese que investiga a publicidade durante o governo do General Médici.

O povo era manipulado e continua às custas do erário público.

Enquanto o povo receber uma educação de qualidade, continuaremos a pagar para sermos enganados.

Grande abraço

Graça Aguiar



Para ler na integra as obras citadas nest post acesse:

Previdência do trabalhador: uma trajetória inesperada, escrito pela socióloga Mariana Batich:

HISTÓRIA DAS POLÍTICAS DE SAÚDE NO BRASIL Uma pequena revisão. Marcus Vinícius Polignano:

A DITADURA MILITAR E A PROLETARIZAÇÃO DOS PROFESSORES.  Amarilio Ferreira Jr. E Marisa Bittar :

Ditadura Militar e Propaganda Política: A revista Manchete durante o governo Médici. Ricardo Constante Martins:

http://www.arqanalagoa.ufscar.br/tesesdisserta /Disserta__o_de_Mestrado___Ricardo_Constante_Martins.pdf

Livros citados:

Educação, Estado e democracia no Brasil. São Paulo: Cortez; Niterói:

UFF; Brasília, DF: FLACSO do Brasil, 1991. Autor: Luiz Antônio Cunha.

“Populismo, ditadura e educação”. Editora da UFPB (2009). Autor: Afonso Celso Scocuglia.

terça-feira, 14 de agosto de 2012

PACTO CARIOCA: REDE MUNICIPAL

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Sepe alerta rede municipal: categoria não deve assinar o "Pacto Carioca" 

Veja a posição do Sepe sobre o assunto:
 
A Prefeitura enviou para as escolas o chamado Pacto Carioca.

Trata-se de um documento no qual o corpo docente e a equipe de direção se comprometem a atingir metas impostas que não dependem unicamente dos professores e diretores. Em nenhum momento a Prefeitura ou SME se comprometem em assinar como co-responsável por tais metas.

A orientação do SEPE é para que ninguém assine. Nós sabemos do nosso compromisso em garantir a aprendizagem de nossos alunos, tarefa que é inerente a nossa função, a qual realizamos desde o momento que tomamos posse na Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro.

O objetivo de Eduardo Paes e Claudia Costin é esconder a responsabilidade deles pelo fracasso da educação pública e legitimar a aprovação automática. Neste momento eleitoral será que o Prefeito,candidato à reeleição, se comprometeria a assinar um documento com a sociedade carioca garantindo a aplicação imediata dos 25% para a educação, conforme prevê a Constituição?

De quem é a culpa pelo insucesso escolar?  Pacto Carioca quem tem de assinar?

Portanto, não assine! Registre na ata do CEC o posicionamento de sua escola ou o seu. Caso sofra assédio moral ou qualquer outra forma de perseguição, procure o Sepe Central ou a sua Regional.

FONTE:http://sepe4.blogspot.com.br/2012/08/sepe-alerta-rede-municipal-categoria.html

domingo, 12 de agosto de 2012

A CONSPIRAÇÃO CONTRA A EDUCAÇÃO

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Acredito que muitos vão achar que estou ficando paranoica (talvez isso até seja possível), mas ao ver as mesmas medidas arbitrárias contra a educação no contexto municipal, estadual, federal e internacional, não posso deixar de pensar em outra coisa.

Otimização de turmas, professores colocados à disposição, redução de tempos de aula, fechamento de escolas e a obsessão pela redução de custos não são mazelas exclusivas do magistério brasileiro, em Portugal, a situação é até pior. Leiam a carta aberta - enviada ao primeiro ministro e ao ministro da educação e ciência - pelos professores da Escola Secundária Camilo Castelo Branco situada em Viana do Castelo, e tirem as suas conclusões.




Carta Aberta

ao Primeiro Ministro do Governo de Portugal

ao Ministro da Educação e Ciência

As escolas e os professores dos ensinos básico e secundário têm sido alvo de um “despejar” constante de legislação e de um continuado processo de alteração das regras. Este ano, o Ministério da Educação fez chegar às escolas, muito tardiamente, o que só por si gerou grande perturbação, um conjunto de normativos que estabelecem novas regras para o próximo ano lectivo e que irão prejudicar gravemente a vida das escolas, dos professores e, principalmente, dos alunos. Além da consolidação e do alargamento desmesurado de “mega- agrupamentos”, o governo mandou para as escolas todo um conjunto de novas regras que assentam, como já é costume, em equívocos, em pressupostos errados. Assim:

- mandou reduzir a carga horária de disciplinas estruturantes, contrariando o parecer do Conselho Nacional de Educação e ignorando a participação dos professores na revisão curricular, como se estes não constituíssem uma peça fundamental na implementação de qualquer alteração na estrutura dos curricula;

- mandou aumentar o número de alunos por turma no pressuposto de que este factor é indiferente para o desempenho dos professores e para a aprendizagem dos alunos. (Haverá alguém que acredite nisto?);

- mandou aumentar a carga horária de todos os professores em dois tempos lectivos, no pressuposto de que os professores trabalham pouco, ignorando que a maioria está sujeita a cargas de trabalho que são já causadoras de grande desgaste físico e psicológico;

- mandou diminuir o crédito horário para o exercício do cargo de diretor de turma, no pressuposto de que não é importante e complexo, e ignorando-o como um dos cargos fundamentais para o acompanhamento e sucesso dos alunos e da escola e um elemento-chave de ligação com a família;

- mandou continuar o processo abusivo de designar como não lectivas actividades efectivamente lectivas;

- mandou interromper o percurso dos alunos dos cursos EFA, iniciados no presente ano lectivo, no pressuposto de que quem se inscreve num curso e frequenta parte dele não tem o direito de o concluir.

Partindo destes equívocos, o governo consegue esta irracionalidade:

- exclui professores em todas as escolas, empurrando milhares para a situação de desemprego imediato ou a curto prazo, incluindo milhares de professores dos quadros de escola (efectivos), muitos com mais de trinta anos de serviço e cinquenta de idade;

- sobrecarrega, para além do limite do que é humanamente possível, os professores que ficam na escola, pondo em causa todo o processo de ensino e de aprendizagem.

É óbvio que esta situação, que se repete na generalidade das escolas, de Norte a Sul, terá custos elevadíssimos para os professores, para os alunos e, consequentemente, para o país. Com urgência, de modo a assegurar alguma normalidade no início do próximo ano lectivo, o governo tem de revogar a legislação que criou esta situação completamente absurda, injusta e iníqua, nomeadamente: o despacho nº 5106-A/2012 de 12 de Abril, o despacho normativo nº 13-A/2012 de 5 de Junho e o Decreto-lei nº 139/2012 de 5 de Julho.

Caso a tutela não devolva a dignidade às escolas, os docentes signatários, reunidos na Escola Secundária/3 Camilo Castelo Branco de Vila Real, em 16 de Julho de 2012, entendem que não estão reunidas as condições para iniciar o próximo ano lectivo, pelo que estão dispostos a recorrer às formas de luta que acharem mais adequadas.

Vila Real, 16 de Julho de 2012.


FONTE: http://movimentoescolapublica.blogspot.com.br/2012/07/carta-aberta-dos-professores-da-escola.html