Nas últimas duas semanas, a questão da criminalização da palmada é destaque na mídia. A Lei da Palmada , como qualquer outra que torne a vida da criança melhor é bem vinda, mas quero mais. Quero uma lei que garanta saúde para as crianças de baixa renda, pois é um crime a aflição dos pais e das mães nas filas dos hospitais públicos à espera de atendimento; quero outra lei que acabe com criminoso desfile de crianças nas intermináveis valas de esgoto a céu aberto que cobre esse imenso Brasil como também mais uma lei para erradicar o criminoso espetáculo que exibe uma multidão de crianças e adolescentes pedindo esmolas nos sinais, se prostituindo e se drogando nas ruas dos grandes centros.
Somos campeões na criação de leis, mas também somos campeões no não cumprimento dessas leis, pois o que adianta criá-las se não temos estrutura para aplicá-las? Infelizmente ainda seguimos a velha máxima nacional da “lei para inglês ver”.
Não sou a favor de castigos físicos, entretanto entendo que devemos educar para a vida em sociedade, a qual exige de todos responsabilidade. Acho a palavra limite inadequada em matéria de educação, pois limite remete a coerção, e se coerção educasse, o mundo já seria um paraíso de ordem e tranquilidade desde a antiguidade, ao contrário da responsabilidade que é uma ação voluntária do individuo guiada pelo seu livre arbítrio.
O que se observa na longa caminhada da humanidade é que a coerção foi e ainda é o recurso fundamental e imbatível para promover a vida em sociedade. A nossa sociedade é extremamente coercitiva, seja no plano legal ou no ilegal. Vivemos um momento em que até os 18 anos, o indivíduo é totalmente protegido por uma bolha artificial e demagógica, pois não o prepara para viver no mundo da coerção que será jogado na maioridade. Particularmente considero irresponsável e criminosa essa prática, pois sob a alegação de não traumatizar o indivíduo o deixa totalmente vulnerável para enfrentar as pedradas da vida adulta, imagino o trauma produzido nesses jovens ao atingir a maturidade, pois a dor e o sofrimento não estão presentes só na infância, trauma não tem idade.
Somos campeões na criação de leis, mas também somos campeões no não cumprimento dessas leis, pois o que adianta criá-las se não temos estrutura para aplicá-las? Infelizmente ainda seguimos a velha máxima nacional da “lei para inglês ver”.
Não sou a favor de castigos físicos, entretanto entendo que devemos educar para a vida em sociedade, a qual exige de todos responsabilidade. Acho a palavra limite inadequada em matéria de educação, pois limite remete a coerção, e se coerção educasse, o mundo já seria um paraíso de ordem e tranquilidade desde a antiguidade, ao contrário da responsabilidade que é uma ação voluntária do individuo guiada pelo seu livre arbítrio.
O que se observa na longa caminhada da humanidade é que a coerção foi e ainda é o recurso fundamental e imbatível para promover a vida em sociedade. A nossa sociedade é extremamente coercitiva, seja no plano legal ou no ilegal. Vivemos um momento em que até os 18 anos, o indivíduo é totalmente protegido por uma bolha artificial e demagógica, pois não o prepara para viver no mundo da coerção que será jogado na maioridade. Particularmente considero irresponsável e criminosa essa prática, pois sob a alegação de não traumatizar o indivíduo o deixa totalmente vulnerável para enfrentar as pedradas da vida adulta, imagino o trauma produzido nesses jovens ao atingir a maturidade, pois a dor e o sofrimento não estão presentes só na infância, trauma não tem idade.
As páginas dos jornais exibem diariamente crimes praticados por indivíduos jovens, que em sua grande maioria foram provocados pela falta de preparo para lidar com as frustrações, respeitar o direito do próximo e cumprir seus deveres. Como podemos exigir de um indivíduo que até os 18 anos viveu em um mundo do vale tudo e depois foi jogado em mundo regulado por deveres e obrigações, um comportamento exemplar? É injusto processar, prender e encarcerar um cidadão criado na total irresponsabilidade, ao qual ninguém pode dizer não, exigir que respeite o direito do próximo, pois até matar é permitido até os 18 anos sem maiores consequências.
Defendo a liberdade com responsabilidade, mas diante da crise ética e moral em que estamos vivendo é quase impossível passar para a crianças e os jovens o dever de respeitar o direito do próximo, pois a legislação e a própria sociedade, a todo o momento banaliza e sanciona o desrespeito e a impunidade.
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