Não é mera coincidência a campanha sistemática de desqualificação dos professores e da educação pública promovida pela revista Veja, ela tem como objetivo favorecer os negócios da Abril Educação, além do setor do material didático a empresa também está atuando no mercado das escolas privadas, em 12 de julho, comprou o grupo Anglo.
Ignorem esses ataques, pois a campanha movida pela mídia sobre o nosso despreparo e desqualificação é intencional. Lembrem-se que por trás dos jornais e das revistas estão “empresas educacionais”, pertencentes aos proprietários destes veículos e que querem nos tirar do caminho apenas para aumentar a sua lucratividade. Seja vendendo material didático ou para economizar nos salários pagos nas escolas privadas de sua propriedade. Se os professores e as escolas fossem o que a imprensa propaga, não haveria necessidade de uma campanha de desqulidicação, pois ninguém chuta cachorro morto, e não gastar dinheiro à toa, é um dos dogmas do capitalismo. Antes de se abater com o veneno destilado pela imprensa, pare e pense: será que esses senhores iam gastar pra fazer uma campanha de difamação, se nós os profissionais de educação, somos tão incapazes, quanto eles querem que a sociedade acredite?
Em momento algum, devemos nos esquecer que somos produtores de conhecimento e educadores, ao passo que esses empresários são produtores de informação, e como qualquer leigo sabe, entre informação e conhecimento, há uma grande diferença.
Em momento algum, devemos nos esquecer que somos produtores de conhecimento e educadores, ao passo que esses empresários são produtores de informação, e como qualquer leigo sabe, entre informação e conhecimento, há uma grande diferença.
Segundo a Hoper Consultoria no Brasil a receita do setor da educação está na casa de 1 bilhão, ou seja, é um mercado bilionário, um paraíso para a iniciativa privada. Quanto mais a participação do Estado encolher nesta área melhor para os empresários, o mercado é tão promissor que até as hienas e os tubarões internacionais já estão aqui à espreita das presas.
Até o presente momento poucos são os estados e municípios brasileiros que estão cumprindo a lei federal referente ao piso salarial da categoria. Governadores recorrem para se esquivar do pagamento do piso e a “falta de verba para aumentar o salário do magistério” é um bordão na boca de todas as autoridades. Até agora não vimos nem o cheiro da verba destinada à valorização dos profissionais de educação pelo Fundeb, mas essa grana já está sendo torrada por 3% das instituições municipais favorecendo as “empresas de educação” que vendem os "sistemas de ensino", enquanto nós professores continuamos vendo nossos salários minguando os recursos destinados à categoria são transferidos para os cofres da iniciativa privada, através da "tercerização da tarefa pedagógica". Para saber mais sobre essa prática leiam no Blog do Luiz Araújo o artigo "Apostilas" .
Atenção, os abutres e as hienas de plantão esperam colocar suas garras nos 97% restantes. Segundo a revista que nos detona semanalmente, “... Desde 2004, os municípios recebem o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). Com essa verba, podem comprar, se quiserem, material didático dos sistemas de ensino”, explica Ryon Braga, da Hoper Consultoria. “A vantagem, para elas, é que o material didático vem acompanhado de assessoria pedagógica, por exemplo”. A presença dos sistemas de ensino entre as escolas públicas ainda é pequena: apenas 3% das 130 mil instituições municipais utilizam os métodos. Ou seja: ainda há muito a crescer!” in Veja Online - Setor de educação atrai grandes negócios 17/08/10 -17:58 – Economia – Notícias).
Não basta tentarmos desenvolver a consciência crítica dos nossos alunos, enquanto a nossa própria permanece embotada. Temos e devemos despertar e ativar a nossa própria “consciência crítica” para perceber as manobras que estão sendo feitas nas nossas barbas e prestarmos atenção como as prefeitos e governadores estão utilizando os recursos destinados à educação, é dever de todo cidadão acompanhar o destino dos seus impostos e cobrar de seus representantes o uso correto do mesmo.
Vamos cobrar dos nossos sindicatos e associações uma maior atenção para com a verba destinada à educação e com os recursos para a valorização do docente. Para obtermos um salário justo não devemos ficar apenas na dependência das greves, acho que a fiscalização das verbas destinadas à educação também pode ser uma forma de luta ao alcance de todos nós.
Outra medida para protegermos a educação pública do ataque predatório da iniciativa privada é a nossa atenção ao material, aos recursos didáticos e aos cursos de capacitação e atualização adquiridos pelas secretarias. Devemos analisar e avaliar criticamente esse material e esses recursos que recebemos e enviar para as respectivas secretarias de educação a nossa avaliação dos mesmos, pois não há ninguém mais capacitado do que os educadores para fazer essa avaliação. Devemos e podemos nos organizar em comissões para fazer esse trabalho e exigir que, antes de ser comprado qualquer material, o mesmo seja examinado e avaliado pelos docentes. Sugiro também que essas comissões discutam e apontem quais são os cursos que necessitamos de capacitação e atualização, pois normalmente os que são oferecidos, pouco tem a ver com as nossas reais necessidades das disciplinas que lecionamos.
De nada adianta ser comprometido com a educação apenas dentro da sala de aula, cabe ao educador se comprometer com a educação em todas as esferas, pois ao contrário deixa o terreno livre para os aventureiros de plantão. Vamos nos mobilizar e conduzir os rumos da educação, participando, discutindo, sugerindo e defendendo o nosso espaço.
De nada adianta ser comprometido com a educação apenas dentro da sala de aula, cabe ao educador se comprometer com a educação em todas as esferas, pois ao contrário deixa o terreno livre para os aventureiros de plantão. Vamos nos mobilizar e conduzir os rumos da educação, participando, discutindo, sugerindo e defendendo o nosso espaço.
DIGA NÃO A PROLETARIZAÇÃO DOS PROFESSORES E AO DESPERDÍCIO DO DINHEIRO PÚBLICO!
Esse blá-blá-blá a respeito da capacidade e preparo tem feito ótimos professores desistirem da profissão.
ResponderExcluirE o pior é que muitos superiores da área, diretores, secretários de educação acreditam nesse mito do "péssimo professor brasileiro" e massacram, impõem, ofendem.
Tem que ter realmente muito conhecimento do que está por trás disso tudo para não se perder, não se tornar frustrado.
O dinheiro do FUNDEB, em algumas cidades aqui de Minas é repassado em forma de rateio. As prefeituras alegam que aumento de salário incorre em ultrapassar o limite da lei de responsabilidade fiscal.
Então, os professores se conformam e se acomodam.
Abraços,
Cida.
OI GRAÇA!
ResponderExcluirLI SEUS ÚLTIMOS TEXTOS E OS POSTEI EM MEU BLOG, OK?
VI DIREITINHO VC ENTRE AS PANELAS, ATV, O COMPUTADOR E OS SENTIDOS LIGADOS NO TIROTEIO... LOUCURA!!!!
TER SANIDADE EM MEIO A TUDO ISSO TEM QUE SER MUITO NOTA 1000. PARABÉNS POR VC SER O QUE É, QUEM É E CONTRIBUIR COM SEU BLOG.
ABRAÇÃO CARINHOSO.
VANDA SANDIM/MG