Milagre cotidiano: a (auto) formação continuada dos docentes
A boa qualidade do desempenho profissional é fruto do aperfeiçoamento constante, pode-se medir a importância de uma atividade pela atenção que é dada à capacitação e a atualização dos conhecimentos dos trabalhadores nela envolvidos. Durante anos trabalhei no setor de turismo e todos os anos, fazia pelo menos dois cursos de aperfeiçoamento custeados pelas empresas em que trabalhava. Essa prática é rotineira, mais um exemplo para ilustrar essa tendência: meu irmão atua na área de mecânica aeronáutica – aviões e helicópteros – anualmente ele faz em media quatro cursos, todos integralmente pagos pela empresa. Detalhe importante, nos dois exemplos citados, não há legislação determinando esse aperfeiçoamento, o mesmo se dá em função da qualidade e produtividade almejada pelas empresas.
Atuando no magistério na rede pública e na rede privada, percebo o total descaso para com a educação nos dois setores. Solenemente a Constituição é ignorada, quando se trata da educação, pois a formação continuada dos docentes encontra-se determinada pela Constituição de 1988 e também pela LDB.
É inconcebível para o profissional da área, exercer as suas atividades sem o contínuo aperfeiçoamento, somos obrigados a estudar constantemente, entretanto esse profissional não recebe ajuda de custo, arcado sozinho com os custos do seu aperfeiçoamento.
O retorno do investimento que fazemos na nossa formação continuada é praticamente nulo, vejam abaixo quanto vale um mestrado e um doutorado na rede pública do Estado do Rio de Janeiro:
Professores da rede estadual que têm mestrado ou doutorado já podem requerer o Adicional de Qualificação. Docentes de 40 horas que fizeram mestrado terão direito a receber R$ 420. Professores que cumprem a mesma carga horária e que cursaram doutorado vão receber R$ 840. Já os profissionais que fizeram mestrado e trabalham 16, 22 ou 25 horas, terão abono de R$ 210. Para aqueles que cumprem estes horários e têm doutorado, o benefício será de R$ 420.
A boa qualidade do desempenho profissional é fruto do aperfeiçoamento constante, pode-se medir a importância de uma atividade pela atenção que é dada à capacitação e a atualização dos conhecimentos dos trabalhadores nela envolvidos. Durante anos trabalhei no setor de turismo e todos os anos, fazia pelo menos dois cursos de aperfeiçoamento custeados pelas empresas em que trabalhava. Essa prática é rotineira, mais um exemplo para ilustrar essa tendência: meu irmão atua na área de mecânica aeronáutica – aviões e helicópteros – anualmente ele faz em media quatro cursos, todos integralmente pagos pela empresa. Detalhe importante, nos dois exemplos citados, não há legislação determinando esse aperfeiçoamento, o mesmo se dá em função da qualidade e produtividade almejada pelas empresas.
Atuando no magistério na rede pública e na rede privada, percebo o total descaso para com a educação nos dois setores. Solenemente a Constituição é ignorada, quando se trata da educação, pois a formação continuada dos docentes encontra-se determinada pela Constituição de 1988 e também pela LDB.
É inconcebível para o profissional da área, exercer as suas atividades sem o contínuo aperfeiçoamento, somos obrigados a estudar constantemente, entretanto esse profissional não recebe ajuda de custo, arcado sozinho com os custos do seu aperfeiçoamento.
O retorno do investimento que fazemos na nossa formação continuada é praticamente nulo, vejam abaixo quanto vale um mestrado e um doutorado na rede pública do Estado do Rio de Janeiro:
Professores da rede estadual que têm mestrado ou doutorado já podem requerer o Adicional de Qualificação. Docentes de 40 horas que fizeram mestrado terão direito a receber R$ 420. Professores que cumprem a mesma carga horária e que cursaram doutorado vão receber R$ 840. Já os profissionais que fizeram mestrado e trabalham 16, 22 ou 25 horas, terão abono de R$ 210. Para aqueles que cumprem estes horários e têm doutorado, o benefício será de R$ 420.
(http://www.conexaoprofessor.rj.gov.br/educacao-noticia-detalhe.asp?EditeCodigoDaPagina=3338)
Na rede privada também não é valorizado, não vou me alongar nesse ponto, pois este espaço é para tratar da educação pública. Atualmente as redes de ensino privado também não estão pagando o que deveriam para os docentes com mestrado e doutorado, por uma questão de custos, a maior parte do corpo docente no máximo tem uma pós-graduação, essas instituições mantém em seus quadros o número mínimo de mestres e doutores exigidos pelo MEC, e basta entrar no site do SINPRO, que vamos ver como anda as coisas para os docentes destas instituições.
Portanto exigir melhores condições de trabalho no nosso caso é um ato de cidadania, pois o que queremos é respeitar e cumprir o que manda a Constituição.
Na rede privada também não é valorizado, não vou me alongar nesse ponto, pois este espaço é para tratar da educação pública. Atualmente as redes de ensino privado também não estão pagando o que deveriam para os docentes com mestrado e doutorado, por uma questão de custos, a maior parte do corpo docente no máximo tem uma pós-graduação, essas instituições mantém em seus quadros o número mínimo de mestres e doutores exigidos pelo MEC, e basta entrar no site do SINPRO, que vamos ver como anda as coisas para os docentes destas instituições.
Portanto exigir melhores condições de trabalho no nosso caso é um ato de cidadania, pois o que queremos é respeitar e cumprir o que manda a Constituição.
Pela primeira vez acesso este Blog para escrever alguma coisa. Primeiramente gostaria de parabenizar a iniciativa de criação deste espaço, pela professora Graça.
ResponderExcluirDe fato é lamentável o descaso com que o poder público trata das questões que envolvem a educação. Os discursos políticos são sempre os mesmos. Ressaltam sempre a importância da educação, no entanto na prática nada é feito por ela. A educação pública no Brasil, não tem importância no cenário político, pois, para aos que estão à frente deste processo, quanto mais ignorantes forem os indivíduos, melhor serão manipulados por aqueles que vivem e dependem da continuidade desta situação.
No que tange a qualificação profissional, obviamente não é intessante promovê-la, visto não ser de interesse do estado. Quando uma empresa privada patrocina cursos de qualificação para os seus funcionários, visa o aumento da produtividade e sabe que esta depende de funcionários profissionalmente qualificados, por isto investe. Tudo bem é capitalista, mas tem um compromisso. O mesmo não ocorre com o estado (pelo menos com o nosso), onde o compromisso com a qualidade passa longe, afinal o dinheiro não deles. Não há um compromisso com a produtividade. Por isto, por que investir na qualificação de professores? No final da contas tanto faz!
Investir nos profissionais da educação não dá voto, agora distribuir "beneses" sim.
Júlio Mesquita
Obrigada pela visita e o comentário. Volte sempre!
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