A mania nacional de remediar, de tentar trabalhar sem ter recursos adequados é uma realidade no setor público, na saúde, na educação, na segurança e até na justiça. É o “jeitinho brasileiro”, o curinga para driblar a falta de estrutura existente no serviço público.
Sem condições ideais de trabalho, os profissionais improvisam na tentativa de fazer o melhor possível. A tragédia provocada pela soltura do pedreiro Adimar José da Silva autorizada pelo juiz Luís Carlos Miranda é um exemplo dessa prática. Em entrevistas à Associação dos Magistrados do Maranhão – AMMA - o magistrado alegou que não teria condições de solicitar o reexame do preso por falta de estrutura do sistema: “Temos nove psicólogos e dois psiquiatras para cuidar de uma massa de 8,5 mil presos”.O mesmo problema também foi apresentado em entrevista ao Fantástico, em entrevista no programa exibido no 18 de abril.
O grande erro deste juiz foi tentar fazer o seu trabalho da melhor forma possível, mesmo sem ter condições. Entendo esse funcionário público, que agora responde sozinho por um erro ao qual foi induzido pela precariedade do sistema. O verdadeiro culpado pela soltura do maníaco, pela morte dos jovens e o luto das famílias foi o próprio Estado. Não é da competência do juiz, contratar o pessoal necessário para preencher os quadros administrativos, construir novas unidades prisionais para acabar com a superlotação do sistema carcerário, atualizar o código penal brasileiro como também não é ele o responsável pela falta de um sistema único de dados sobre os criminosos do país.
Neste episódio, que infelizmente chegou à mídia em função das seis mortes ocorridas, o grande culpado é o sistema. Inúmeras são as falhas do sistema, que permitiram essa tragédia.
É lamentável ver como a mídia e as pessoas, insistem em ignorar os problemas estruturais do serviço público, a responsabilidade das tragédias é sempre privatizada, isto é, passa a ser do indivíduo, que naquele momento trabalhava sem condições.
Na rede pública de saúde, nas escolas públicas, na segurança pública e também na justiça os profissionais trabalham sem condições, o que mantém o sistema funcionando é a boa vontade, ou melhor, a ingenuidade de apelar para o "jeitinho brasileiro".
Espera-se que a humanidade aprenda com os seus erros, espero que essa tragédia sirva de lição para todos os funcionários públicos que se arriscam diariamente dando o jeitinho brasileiro para contornar as falhas do sistema. Se não houver condições não façam, denunciem a precariedade do sistema, enviem memorandos para os seus superiores, escrevam para os jornais, façam qualquer coisa para que a população tome conhecimento da situação. Quando "o jeitinho brasileiro" funciona, os louros são do sistema, mas caso saia algo errado, o único culpado será o funcionário (a).
O grande erro deste juiz foi tentar fazer o seu trabalho da melhor forma possível, mesmo sem ter condições. Entendo esse funcionário público, que agora responde sozinho por um erro ao qual foi induzido pela precariedade do sistema. O verdadeiro culpado pela soltura do maníaco, pela morte dos jovens e o luto das famílias foi o próprio Estado. Não é da competência do juiz, contratar o pessoal necessário para preencher os quadros administrativos, construir novas unidades prisionais para acabar com a superlotação do sistema carcerário, atualizar o código penal brasileiro como também não é ele o responsável pela falta de um sistema único de dados sobre os criminosos do país.
Neste episódio, que infelizmente chegou à mídia em função das seis mortes ocorridas, o grande culpado é o sistema. Inúmeras são as falhas do sistema, que permitiram essa tragédia.
É lamentável ver como a mídia e as pessoas, insistem em ignorar os problemas estruturais do serviço público, a responsabilidade das tragédias é sempre privatizada, isto é, passa a ser do indivíduo, que naquele momento trabalhava sem condições.
Na rede pública de saúde, nas escolas públicas, na segurança pública e também na justiça os profissionais trabalham sem condições, o que mantém o sistema funcionando é a boa vontade, ou melhor, a ingenuidade de apelar para o "jeitinho brasileiro".
Espera-se que a humanidade aprenda com os seus erros, espero que essa tragédia sirva de lição para todos os funcionários públicos que se arriscam diariamente dando o jeitinho brasileiro para contornar as falhas do sistema. Se não houver condições não façam, denunciem a precariedade do sistema, enviem memorandos para os seus superiores, escrevam para os jornais, façam qualquer coisa para que a população tome conhecimento da situação. Quando "o jeitinho brasileiro" funciona, os louros são do sistema, mas caso saia algo errado, o único culpado será o funcionário (a).
Concordo plenamente.
ResponderExcluirMônica 18/06/2013 09:01
ResponderExcluirRealmente não podemos fechar os olhos para essas situações, por que se alguém tem que ser punido que seja primeiro o nosso sistema que deixa a desejar depois combramos dos funcionarios.